O Lundu nasceu em Angola e Congo.
Originalmente era uma dança trazida pelos escravos nos primeiros anos da
escravidão.
A primeira referência escrita sobre
esta dança data de 1780 – uma carta escrita por um antigo governador de
Pernambuco ao Governo português, sobre danças de negros brasileiros denunciadas
ao Tribunal de Inquisição. Nela o Lundu é descrito como dança de caráter
licencioso e indecente, ferindo as normas da moral e dos bons costumes,
passando a ser perseguido pelas autoridades.
O Lundu, depois disso, para que fosse
preservado, aliou elementos musicais de origens branca e negra, tornando-se o
primeiro gênero afro-brasileiro da canção popular. Realmente, essa interação de
melodia e harmonia de inspiração européia com a rítmica africana se
constituiria em um dos mais fascinantes aspectos da música brasileira.
Situado, pois nas raízes de formação
dos gêneros afros, processos que culminaria com o advento do samba, o lundu foi
originalmente uma dança sensual praticada por negros e mulatos em rodas de
batuque, só se fixando como canção no final do século XVIII.
Em princípio, foi uma dança lúbrica e
ardente dos negros, tendo depois, no século XIX, passado para os salões com
feição brejeira, afinal se perdendo na transformação incessante de novas formas
como o maxixe, o corta-jaca e a modinha.
O Lundu, cujo nome é oriundo do
instrumento musical de percussão africano, é uma música alegre e buliçosa, de
versos satíricos, maliciosos, variando bastante nos esquemas formais.
Coreografia:
A dança simboliza um convite que os homens fazem às mulheres "para um encontro de amor sexual". O "Lundu", considerado ao lado do "Maxixe ", uma dança altamente sensual, se desenvolve com movimentos ondulares de grande volúpia. No início as mulheres se negam a acompanhar os homens mas, depois de grande insistência, eles terminam conquistando as mulheres, com as quais saem do salão dando a idéia do encontro final.
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