sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Uma Janela para Angola.



Este Blog foi pensado com todo carinho e respeito que os nossos irmãos angolanos e todos os africanos merecem de nós brasileiros. 
Com toda certeza, uma das motivações que sustentaram este projeto foram avaliações realizadas nos mais diversos campos e no vazio constatado quanto à sistematização e à veiculação de informações relacionadas ao continente africano e em especial, Angola.
Eu, sabrina de Oliveira, brasileira, estudante de História e apaixonada por livros, senti uma enorme necessidade de conhecer melhor essa cultura, essa gente, esses costumes tão presentes em nossa vida, em nosso dia-a-dia. Fui para Angola em 5 de janeiro de 2012 e fiquei em Luanda durante maravilhosos  e enriquecedores 12 dias. Lá eu pude perceber o que nenhum livro poderia mostrar. Os olhos que fitei, os sorrisos que recebi, o carinho e a amizade que construí.
Angola tem muitas faces e em cada face há uma história.
Lembro-me de quando passava pelas ruas, no comércio, as crianças me olhavam com olhos mistos. Um misto de alegria e de tristeza, talvez fosse medo, desconfiança.
Quero propor um retrato da realidade. Não a realidade feia que muitos outros já fizeram, mas a realidade dos olhos de esperança que vi.
Pela janela da alma somos vistos e porque o mundo não nos veria se retratássemos aqueles olhos?
Quero deixar aqui hoje, a inspiração, a fonte para que muitos de vocês, hoje possam olhar de forma diferente para Angola e possam perceber que essa gente tem esperanças de um lugar melhor. Quero mostrar as mudanças, as expectativas, os sonhos.
É importante lembrar que esse povo sofrido, do chão de terra batida, é possuidor de múltiplas riquezas, mas sobre tudo, são donas do sorriso mais encantador que encontrei. É preciso entrar por essa janela e descobrir o que essas pessoas esperam do futuro.
Te amo Angola! 
                                                                                        Sabrina de Oliveira.

Um comentário:

  1. Angola em construção, das lágimas ao sorriso.

    Durante muito tempo, Angola foi dada por analistas internacionais como um caso perdido. Não por acaso. Uma guerra civil entre tropas rebeldes e as forças fiéis ao governo prolongou-se durante quase três décadas, provocando a morte de mais de 1 milhão de pessoas e a destruição quase completa de um país já suficientemente castigado pela miséria e pelo subdesenvolvimento.

    Diferentemente dos prognósticos pessimistas, porém, Angola vem-se reerguendo nos últimos anos. A paz entre as facções antagónicas foi selada em 2002 e, desde então, não há sinais de novos distúrbios. O clima de calmaria abriu espaço para a reconstrução do país.

    O trabalho encontra-se agora numa fase acelerada e inclui a recuperação de prédios públicos, estradas, ferrovias, usinas hidroeléctricas e redes de esgoto e de telecomunicações, entre outras coisas.

    Esse monumental esforço produziu um efeito que parecia improvável: Angola virou um bom negócio. Não que o país africano se tenha transformado em uma nova China, é óbvio, mas o fato é que a ex-colónia portuguesa tornou-se uma ilha de oportunidades comerciais num continente marcado por guerras e estagnação económica.

    Considerando-se apenas o pacote das maiores obras em andamento, o governo local deve investir perto de 2 biliões de dólares nos próximos anos. Estão a ser construídos 28 hospitais, 40 escolas e quase 30 mil moradias.
    Avante Angola!

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