Este Blog foi pensado com todo carinho e respeito que os nossos irmãos angolanos e todos os africanos merecem de nós brasileiros.
Com toda certeza, uma das motivações que sustentaram este projeto foram avaliações realizadas nos mais diversos campos e no vazio constatado quanto à sistematização e à veiculação de informações relacionadas ao continente africano e em especial, Angola.
Eu, sabrina de Oliveira, brasileira, estudante de História e apaixonada por livros, senti uma enorme necessidade de conhecer melhor essa cultura, essa gente, esses costumes tão presentes em nossa vida, em nosso dia-a-dia. Fui para Angola em 5 de janeiro de 2012 e fiquei em Luanda durante maravilhosos e enriquecedores 12 dias. Lá eu pude perceber o que nenhum livro poderia mostrar. Os olhos que fitei, os sorrisos que recebi, o carinho e a amizade que construí.
Angola tem muitas faces e em cada face há uma história.
Lembro-me de quando passava pelas ruas, no comércio, as crianças me olhavam com olhos mistos. Um misto de alegria e de tristeza, talvez fosse medo, desconfiança.
Quero propor um retrato da realidade. Não a realidade feia que muitos outros já fizeram, mas a realidade dos olhos de esperança que vi.
Pela janela da alma somos vistos e porque o mundo não nos veria se retratássemos aqueles olhos?
Quero deixar aqui hoje, a inspiração, a fonte para que muitos de vocês, hoje possam olhar de forma diferente para Angola e possam perceber que essa gente tem esperanças de um lugar melhor. Quero mostrar as mudanças, as expectativas, os sonhos.
Angola em construção, das lágimas ao sorriso.
ResponderExcluirDurante muito tempo, Angola foi dada por analistas internacionais como um caso perdido. Não por acaso. Uma guerra civil entre tropas rebeldes e as forças fiéis ao governo prolongou-se durante quase três décadas, provocando a morte de mais de 1 milhão de pessoas e a destruição quase completa de um país já suficientemente castigado pela miséria e pelo subdesenvolvimento.
Diferentemente dos prognósticos pessimistas, porém, Angola vem-se reerguendo nos últimos anos. A paz entre as facções antagónicas foi selada em 2002 e, desde então, não há sinais de novos distúrbios. O clima de calmaria abriu espaço para a reconstrução do país.
O trabalho encontra-se agora numa fase acelerada e inclui a recuperação de prédios públicos, estradas, ferrovias, usinas hidroeléctricas e redes de esgoto e de telecomunicações, entre outras coisas.
Esse monumental esforço produziu um efeito que parecia improvável: Angola virou um bom negócio. Não que o país africano se tenha transformado em uma nova China, é óbvio, mas o fato é que a ex-colónia portuguesa tornou-se uma ilha de oportunidades comerciais num continente marcado por guerras e estagnação económica.
Considerando-se apenas o pacote das maiores obras em andamento, o governo local deve investir perto de 2 biliões de dólares nos próximos anos. Estão a ser construídos 28 hospitais, 40 escolas e quase 30 mil moradias.
Avante Angola!