Luanda é muito parecida com o Rio de Janeiro apesar de suas particularidades, são muitos os pontos comuns. Num primeiro momento é possível identificar as transformações que estão ocorrendo. Ainda a caminho do hotel, vi inúmeras construções em andamento, algumas em fase de acabamento, outras no início ainda, mas certamente a reconstrução do País anda a passos largos. É notório a presença de chineses, coreanos e vietnamitas pelas ruas de Luanda ou em suas construções. Por todo lugar vimos placas e letreiros escritos em português com tradução em mandarim, inclusive o próprio hotel em que fiquei hospedada, possui um letreiro luminoso em mandarim. Essa presença asiática em Angola, segundo jornal local, se deve ao crescente interesse das empresas chinesas por Angola e seu mercado fértil, ainda sem infraestrutura industrial capaz de satisfazer o mercado interno. Por outro lado, há facilidade de retorno do capital investido para China. Muitos investidores querem aproveitar o momento para se estabelecer em Angola. O país tem recursos naturais que interessa as empresas chinesas. A facilidade de implementação dada a nova política de investimento estrangeiro, viabilizada pelo governo, gera uma parceria que reflete também na aceleração da construção civil, levando em conta a rapidez e o comprometimento do funcionário asiático que trabalha de domingo a domingo, debaixo de chuva ou de forte sol com a mesma eficiência. Meu olhar logo se fixou na quantidade de guindastes espalhados pela cidade. A mão-de-obra asiática está praticamente em todos os setores: nas construções, nos restaurantes, nos salões de beleza, nos serviços de limpeza e conservação.
Este panorama lembra-me uma frase da CIC-Portugal: "...Mesmo que distantes, é sempre possível tentar uma ponte."
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